sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Corantes

Tá de saco cheio de ler? Então dá uma olhadinha nesse vídeo que a gente preparou pra você..é rapidinho!





Corante- As moléculas que mudaram o mundo!


Festa colorida nas ruas da Alemanha!


Na Alemanha, litros de tintas laváveis foram despejados na frente dos carros que obrigatoriamente distribuíram com seus pneus o líquido, formando um painel a céu aberto.

O art attack ainda contava com folhetos divulgando as propriedades laváveis, biodegradáveis e orgânicas das tintas.


É ou não é uma ótima brincadeira com as cores?! 

Corante pode provocar câncer?


Um órgão americano afirma que a Coca Cola e Pepsi têm potencial cancerígeno devido a quantidade de corante presente nos refrigerantes para dar a cor “caramelo” á bebida.

"Um grupo americano de defesa do consumidor afirmou que os refrigerantes normais e diet da Coca-Cola e Pepsi contêm uma substância que pode causar câncer em quantidade acima do normal. Em um comunicado público, o Center for Science in the Public Interest (...) afirmou que análises químicas detectaram a presença de altos níveis de 4-metilimidazol (4-MEI), um produto usado para dar a cor 'caramelo' aos refrigerantes."

Revista Veja 07/03/12

Será verdade?

Corante faz mal?


Corante faz mal?


Fiquem ligados!

Os corantes estão presentes em quase tudo, no se refresco, na gelatina, nas massas e até nos iogurtes.

Você veria graça em uma gelatina incolor? E num refrigerante sabor laranja com aparência de água?

Os corantes artificiais não possuem nenhum valor nutritivo, apenas servem para dar cor aos alimentos.

Quando consumidos com frequência podem interferir no metabolismo humano, desencadeando alergias, irritação estomacal e até prejudicar a pele.



As cores que vem das plantas


As cores que vem das plantas


Já parou pra pensar o que tem por detrás da sua tinta de cabelo, da cor na sua parede, daquele doce ou na cor daquela sua blusa preferida?

As tintas e matérias corantes foram descobertas há milhões de anos atrás, e vinham das plantas: raízes, folhas, cascas..

Diversos problemas existiam na época, era super complicado achar a cor desejada, e quando se achava era difícil fixar em fibras, ou a cor não ficava forte o suficiente desbotando rapidamente.

Descobriremos mais a frente como essas moléculas que levaram à criação das maiores indústrias químicas foram descobertas..

A urina e a descoberta do azul


A urina e a descoberta do azul



O azul, particularmente, era uma cor muito requisitada, porém de difícil acesso. Ninguém sai por aí e esbarra em uma planta azul todo dia..
Porém, uma planta possuía farta fonte de corante azul índigo : A Indigofera tinctoria. Somente depois de fermentadas sob condições alcalinas e oxidadas, as suas folhas apresentavam a coloração azul.

Mas o que a urina tem a ver com isso?!

Esse processo teria sido descoberto após diversas pessoas terem urinado sobre essas plantas, e depois de um certo tempo ocorrendo a fermentação, a coloração azul teria aparecido.. 

Púrpura de tiro: A cor da riqueza


Púrpura de tiro: A cor da riqueza


Apesar de o índigo ter um valor muito alto, a cor púrpura de tiro era muito mais valiosa. Para termos uma ideia, seu uso era restrito, por lei, à realeza.

A púrpura real vinha do dibromoíndico (uma molécula de índico com dois átomos de bromo). Ela era obtida através de um muco opaco, secretado por moluscos marinhos e sua cor brilhante só aparecia com a oxidação no ar:


As 7 reações químicas e o surgimento das tinturas


As 7 reações químicas e o surgimento das tinturas

O químico alemão Johann Friedrich começou a investigar a estrutura do índigo e em 1880 descobriu como fazê-lo em seu laboratório, através de 7 reações químicas diferentes.
Assim, os corantes naturais entraram em declínio e as tinturas começaram a ser produzidas.


Como funcionam as tinturas?

O processo é claro, a cor real da tintura que vemos depende do comprimento de onda de luz do espectro visível.
Como assim?
Um exemplo: Se todos os comprimentos de onda forem absorvidos nenhuma luz será refletida, assim teremos tintura preta.
Já, se nenhum comprimento for absorvido, enxergaremos a cor branca.
Mas se somente os comprimentos de onda de luz vermelha forem absorvidos, teremos a sua cor complementar como tintura, ou seja, o verde.

2 tons de cinza.. ops, vermelho


2 tons de cinza.. ops, vermelho

Antigamente usava-se dois corantes, de fontes diferentes mas estruturas químicas muito parecidas, para a obtenção do vermelho. Um deles era a alizarina, uma matéria corante vermelha mordente (precisava de outra substância, íon de metal, para sua fixação).


Aos usar um íon alumínio, por exemplo, era obtido um azul intenso, já ao se utilizar um mordente de magnésio tínhamos violeta. O cromo nos dava um violeta acastanhado e o cálcio , uma púrpura avermelhada.
A alizarina é derivada da antraquinona, que assim como no caso do índigo, não é colorida, mas dois grupos de OH do lado direito do anel na alizarina, combinados com ligações duplas e simples alternadas, possibilita a absorção de luz visível.



Outro derivado da antraquinona , quimicamente semelhante à alizarina é o ácido carmínico, principal molécula corante do cochonilha, outro corante vermelho usado na época.


Ácido Pícrico: O corante da guerra


Ácido Pícrico: O corante da guerra


No final do século XVIII começaram a ser criados os corantes sintéticos. O primeiro feito foi o ácido pícrico, usado nas munições na Primeira Guerra Mundial.

A substância foi sintetizada e usada como corante para lã e seda. Embora possuísse um tom de amarelo maravilhosamente intenso, tinha um grande problema: era explosivo



O mistério de Perkin


O mistério de Perkin



Willian Perkin foi um jovem estudante de química que tentou sintetizar o quinino (uma cura para malária) e acidentalmente descobriu a fórmula para um corante que ficou conhecido como Malva sintético.
Perkin conseguiu uma cor púrpura-lavanda, extremamente brilhosa, e como esse cor era de grande valor na época ele tratou de patentear o mais rápido possível a sua descoberta.
Embora ele não tenha conseguido fazer dinheiro com a molécula de quinina, fez grande sucesso com a malveína (molécula que produzia tons intensos à púrpura).
Até hoje, a estrutura da malveína permanece um pouco misteriosa. Presume-se que a estrutura a seguir seja a principal responsável pela cor :